sábado, 7 de novembro de 2015

Arte Grega, Egípcia, Romana e Bizantina


Arte Grega
  
Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.

  Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.


Arquitetura Grega 

  Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico (veja abaixo).


A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos:

1- Coríntio -  pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas.

2- Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza.

3- Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular.



Exemplos de construções da Grécia Antiga:

- Estátua de Zeus em Olímpia
- Parneton de Atenas
- Colosso de Rodes
- Tempo de Ártemis em Éfeso
- Farol de Alexandria

Pintura Grega 

  A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios.

Escultura Grega

  As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos.





Arte Egípcia


  No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta por alguma concepção espiritual.
  A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo.
  O processo de centralização política e a divinização da figura do faraó tiveram grande importância para a construção das primeiras pirâmides. Essas construções, que estabelecem um importante marco na arquitetura egípcia, têm como as principais representantes as três pirâmides do deserto de Gizé, construídas pelos faraós Quóps, Quéfren e Miquerinos. Próxima a essas construções, também pode se destacar a existência da famosa esfinge do faraó Quéfren.

  Tendo funções para fora do simples deleite estético, a arte dos povos egípcios era bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento técnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral. Geralmente, as pinturas e baixos-relevos apresentavam uma mesma representação do corpo, em que o indivíduo tinha seu tronco colocado de frente e os demais membros desenhados de perfil. No estudo da arte, essa concepção ficou conhecida como a lei da frontalidade.
  Ao longo do Novo Império (1580 – 1085 a.C.), passados os vários momentos de instabilidade da civilização egípcia, observamos a elaboração de novas e belas construções. Nessa fase, destacamos a construção dos templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados à adoração do deus Amon. No campo da arte funerária, também podemos salientar o Templo da rainha Hatshepsut e a tumba do jovem faraó Tutancâmon, localizado no Vale dos Reis.
  A escultura egípcia, ao longo de seu desenvolvimento, encontrou características bastante peculiares. Apesar de apresentar grande rigidez na maioria de suas obras, percebemos que as estátuas egípcias conseguiam revelar riquíssimas informações de caráter étnico, social e profissional de seus representados. No governo de Amenófis IV temos uma fase bastante distinta em que a rigidez da escultura é substituída por impressões de movimento.
  Passado o governo de Tutancâmon, a arte egípcia passou a ganhar forte e clara conotação política. As construções, esculturas e pinturas passaram a servir de espaço para o registro dos grandes feitos empreendidos pelos faraós. Ao fim do Império, a civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, a hibridação com a perspectiva estética de outros povos acabou desestabilizando a presença de uma arte típica desse povo.


Arte egípcia - mumificação
  Entende-se por politeísmo a crença em vários deuses. Os egípcios, povos politeístas, acreditavam na vida eterna após a morte, em que o espírito do falecido voltava para tomar seu corpo. Para abrigar o cadáver, construíram as pirâmides. E para preservar o corpo (enquanto o espírito não retornava) inventaram a mumificação. Em consequência deste processo, os egípcios iniciaram os estudos da anatomia e descobriram várias substâncias químicas, na busca de substâncias para a preservação do corpo.

  Primeiramente, todas as vísceras do cadáver eram retiradas. Um corte era feito na altura do abdômen, de onde era retirado o coração, o fígado, o intestino, os rins, o estômago, a bexiga, o baço, etc. O coração era colocado em um recipiente à parte. O cérebro também era retirado. Aplicavam uma espécie de ácido (via nasal) que o derretia, facilitando sua extração.

  Em seguida, deixavam o corpo repousando em um vasilhame com água e sal (para desidratá-lo e matar as bactérias) durante setenta dias. Desidratado, o corpo era preenchido com serragem, ervas aromáticas (para evitar sua deterioração) e alguns textos sagrados.

  Depois de todas essas etapas, o corpo estava pronto para ser enfaixado. Ataduras de linho branco eram passadas ao redor do corpo, seguidas de uma cola especial. Após esse processo, o corpo era colocado em um sarcófago (espécie de caixão) e abrigado dentro de pirâmides (faraó) ou sepultado em mastabas, uma espécie de túmulo (nobres e sacerdotes).

  Segundo a religião egípcia, após a morte, o espírito era guiado pelo deus Anúbis até o Tribunal de Osíris, que o julgaria na presença de outros 42 deuses. Seu coração era pesado em uma balança, que tinha como contrapeso uma pena. Se o coração fosse mais leve que a pena, o espírito receberia a permissão para voltar e retomar seu corpo. Caso contrário, seria devorado por uma deusa com cabeça de jacaré. Os egípcios acreditavam em deuses híbridos: metade homem, metade animal (antropozoomorfia).




Arte Romana

   A arte romana, marcada no período do século VIII antes de Cristo e se estendendo até o século IV depois de Cristo, teve a sua principal manifestação nas construções e edificações arquitetônicas. A grande preocupação dos romanos era com aspectos que se voltassem para a funcionalidade, utilidade e a própria praticidade de suas obras.

  A arte romana surgiu em meio às influências da cultura etrusca, que é caracterizada como uma arte popular responsável por retratar os acontecimentos do dia a dia, assim como pelas crenças da cultura grega. Um bom exemplo disso é a própria similaridade entre a mitologia romana e grega.

  A arte romana foi de grande importância (principalmente arquitetônica) para todo o mundo, pois sempre representou um verdadeiro legado da arte desse povo. Certamente uma das áreas em que eles foram mais expressivos foi na construção de templos, muralhas, anfiteatros e outras construções que tinham como principal intuito tanto a funcionalidade como também a expressão de magnitude no que diz respeito ao que foi a civilização romana.

Arte Bizantina
  Arte bizantina se refere às manifestações artísticas (pintura, arquitetura, mosaico e escultura) próprias do Império Bizantino (entre os séculos V e XV). A cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, foi o mais importante centro artístico deste período. 



Principais características da arte bizantina:

- Recebeu influências da cultura greco-romana e oriental (principalmente da Síria e Ásia Menor), realizando uma mistura destes diferentes aspectos culturais;

- Estilo artístico teve presença marcante do uso de cores;

- Presença marcante de temas religiosos (forte influência do cristianismo).


Pintura bizantina

 Destaque para os afrescos (pinturas feitas em paredes, principalmente de igrejas), miniaturas (para ilustrar livros) e ícones (pinturas em painéis). O tema religioso predominou, principalmente a pintura de imagens de Cristo e da Virgem Maria.


Arquitetura

 Na arquitetura podemos destacar a construção de grandes e imponentes igrejas, cuja característica principal era a presença de cúpulas sustentadas por colunas. As decorações e pinturas religiosas, no interior das igrejas, eram muito utilizadas. O principal exemplo deste tipo de arquitetura é a Basílica de Santa Sofia (localizada na atual Istambul).


Escultura

 A escultura bizantina caracteriza pela influência oriental, sendo uma referência da degeneração do Império Romano do Ocidente. Podemos citar como características principais: uniformidade, rigidez, falta de naturalidade e presença de linhas geométricas e folhagens estilizadas. 


Mosaicos

 Foi um tipo de arte muito difundido no Império Bizantino, principalmente na Era de Ouro, época de reinado do imperador Justiniano (526 a 565). As imagens em mosaico eram formadas pelos artistas a partir de pequenos e coloridos pedaços de pedra colados em parede. Imagens religiosas e do imperador foram os temas principais.